Muralha Castreja no Quarteirão da Bainharia
Os trabalhos arqueológicos sob a responsabilidade conjunta dos Drs. Ricardo Teixeira, Vitor Fonseca e Jorge Fonseca, decorrem no âmbito do projecto de construção de uma Residência de Estudantes e Espaços Comerciais, no Quarteirão da Bainharia, na freguesia da Sé, promovidos em parceria pela Sociedade de Reabilitação Urbana – SRU e o Consórcio NOVOPCA, Construtores Associados, S.A./ SPRU, Sociedade Promotora de Residências Universitárias, S.A/ NOVOPCA II – Investimentos Imobiliários, S.A.
A presente transformação do Quarteirão da Bainharia contemplou o estudo e registo tipológico do edificado e a execução de sondagens arqueológicas que permitiram identificar um importante conjunto de níveis arqueológicos relacionados com a evolução daquele espaço do morro da Sé, desde a Idade do Ferro até aos nossos dias.
O achado arqueológico mais significativo foi detectado no logradouro do edifício do Aljube e consiste na mais antiga muralha detectada na cidade do Porto, com uma cronologia pré-romana (séculos II-I a.C.). Esta estrutura defensiva da Idade do Ferro encontra-se junto à muralha Medieval também identificada durante os trabalhos arqueológicos nas traseiras dos edifícios das ruas de S. Sebastião e Penaventosa, seguindo a mesma orientação, Sudoeste-Nordeste. Apresenta um bom estado de conservação, sendo possível uma leitura do aparelho construtivo poligonal, característico daquele período cronológico. Do lado externo da muralha verifica-se a existência de uma contrafortagem, com cerca de 70 centímetros de largura e 1,5 metros de altura. Na sua base surgiu um nível de circulação associado inicialmente a um piso em terra, seguido de um lajeado em pedra granítica. A secção colocada a descoberto apresenta, aproximadamente, um comprimento de 7 metros e uma largura de 2,5 metros, sendo provável que se estenda por uma área maior. A estratigrafia neste local caracteriza-se por um conjunto de depósitos de escorrimento, no sentido da pendente do morro, Sudeste-Noroeste, nos quais foi possível recolher um importante conjunto de espólio arqueológico das Épocas Moderna, Medieval e Romana.
Esta muralha fazia parte do sistema defensivo do povoado castrejo que ocupou o topo do morro da Penaventosa, relacionando-se com outros achados do mesmo período identificados em intervenções arqueológicas anteriores. Tendo em conta as suas características tipológicas e cronológicas, o seu estado de conservação e monumentalidade, torna-se um dos mais importantes achados arqueológicos do passado histórico mais remoto da cidade do Porto.
http://www.igespar.pt/media/uploads/arqueologiapreventivaedeacompanhamento/bainharia.pdf
A presente transformação do Quarteirão da Bainharia contemplou o estudo e registo tipológico do edificado e a execução de sondagens arqueológicas que permitiram identificar um importante conjunto de níveis arqueológicos relacionados com a evolução daquele espaço do morro da Sé, desde a Idade do Ferro até aos nossos dias.
O achado arqueológico mais significativo foi detectado no logradouro do edifício do Aljube e consiste na mais antiga muralha detectada na cidade do Porto, com uma cronologia pré-romana (séculos II-I a.C.). Esta estrutura defensiva da Idade do Ferro encontra-se junto à muralha Medieval também identificada durante os trabalhos arqueológicos nas traseiras dos edifícios das ruas de S. Sebastião e Penaventosa, seguindo a mesma orientação, Sudoeste-Nordeste. Apresenta um bom estado de conservação, sendo possível uma leitura do aparelho construtivo poligonal, característico daquele período cronológico. Do lado externo da muralha verifica-se a existência de uma contrafortagem, com cerca de 70 centímetros de largura e 1,5 metros de altura. Na sua base surgiu um nível de circulação associado inicialmente a um piso em terra, seguido de um lajeado em pedra granítica. A secção colocada a descoberto apresenta, aproximadamente, um comprimento de 7 metros e uma largura de 2,5 metros, sendo provável que se estenda por uma área maior. A estratigrafia neste local caracteriza-se por um conjunto de depósitos de escorrimento, no sentido da pendente do morro, Sudeste-Noroeste, nos quais foi possível recolher um importante conjunto de espólio arqueológico das Épocas Moderna, Medieval e Romana.
Esta muralha fazia parte do sistema defensivo do povoado castrejo que ocupou o topo do morro da Penaventosa, relacionando-se com outros achados do mesmo período identificados em intervenções arqueológicas anteriores. Tendo em conta as suas características tipológicas e cronológicas, o seu estado de conservação e monumentalidade, torna-se um dos mais importantes achados arqueológicos do passado histórico mais remoto da cidade do Porto.
http://www.igespar.pt/media/uploads/arqueologiapreventivaedeacompanhamento/bainharia.pdf