- Será que foi salvaguardada a legislação em vigor no que diz respeito a intervenções em edificado classificado como Património da Humanidade?
- Será que pelo facto de só terem sido mantidas as paredes exteriores, o interior dos edifícios era "descartável"? Paredes em taipa não estariam presentes no interior destes edifícios, como é tradicional no edificado nesta zona?
- Estaremos perante mais um exemplo daquilo a que muitos chamam "política de fachada", para turista ver?
- Não seria, atendendo ao tipo classificação em causa, da responsabilidade da Porto Vivo, SRU, proceder à respectiva autorização (e fiscalização) da alteração em causa? Estranha-se que, a ser assim, a aprovação da obra tenha sido da responsabilidade do vereador do pelouro do Urbanismo da C.M.P. em 29 de Novembro de 2013. Na rua Fonte Taurina está um edifício, quase fronteiro a estes, em fase de intervenção cujo licenciamento foi da responsabilidade da ... Porto Vivo, SRU.
- O que aconteceu aos inquilinos dos edifícios agora intervencionados? Irão regressar à sua zona de origem ou, antes pelo contrário, serão desenraizados e realojados num qualquer bairro camarário?
O Pestana Porto Hotel ostenta na sua página na internet que "Este hotel no Porto ocupa parte de um quarteirão de prédios que remontam aos séculos XVI, XVII e XVIII, está classificado como Património Mundial pela Unesco (...)", (http://www.pestana.com/pt/pestana-porto-hotel/pages/home.aspx acedida em 30.09.2014).
Quem está tão fortemente ligado a este espaço, ao ponto de aumentar significativamente o seu investimento, não pode deixar a sua imagem ligada a uma intervenção que possa por em causa a Ribeira e o seu património, a cidade e o seu Centro Histórico, a classificação Porto Património de toda a Humanidade.
Preocupações? Não há quem defenda, cumpra e faça cumprir a lei? Podemos dormir sossegados!