World Heritage is a building block for peace and sustainable development. It is a source of identity and dignity for local communities, a wellspring of knowledge and strength to be shared. In 2012, as we celebrate the 40th Anniversary of the UNESCO World Heritage Convention, this message is more relevant than ever.
Irina Bokova, Director-General of UNESCO O Património Mundial é uma pedra angular da paz e do desenvolvimento sustentado. É uma fonte de identidade e de dignidade para as comunidades locais, uma fonte de conhecimentos e de força para partilhar. Em 2012, ao celebrar o 40º aniversário da Convenção do Património Mundial da UNESCO, esta mensagem é mais relevante do que nunca. Irina Bokova, Directora-Geral da UNESCO |
Fonte: "Des Architecture de Terre ou L'avenir d'une tradition millénaire", Edição do Centro Georges Pompidou, Paris 1982.
Fonte: http://whc.unesco.org/uploads/activities/documents/activity-21-21.pdf
Património Mundial em perigo: Tombuctu e Gao (Mali)
A cidade de Tombuctu, fundada no século XI-XII, foi classificada em 1988 como Património da Humanidade.
Em 28 de Junho de 2012, a UNESCO viu-se na necessidade de colocar Tombuctu e o Túmulo de Askia (Gao) na Lista do Património Mundial em Risco face às destruições de mausoléus, túmulos de Santos muçulmanos e até mesmo de mesquitas provocadas por fundamentalistas islâmicos. (Tombuctu - Decisão 36 COM 7B.106 e Túmulo de Askia - Decisão 36 COM 7B.106)
Em 14 de Janeiro de 2013, a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova lançou um apelo a todas as forças militares envolvidas no conflito do Mali: "Peço a todas as forças armadas para fazer todos os esforços para proteger o património cultural do país, que já foi severamente danificado". Referia-se às destruições ocorridas na cidade de Tombuctu mas também na cidade de Gao (Túmulo de Askia, classificado pela UNESCO em 2004).
No Jornal "O Público", de 3 de Fevereiro último, a jornalista Lucinda Canelas, num artigo intitulado "O património é importante, mas não é mais importante do que as pessoas", refere que "Os especialistas malianos e internacionais - em particular os franceses e sul-africanos - temiam que, além dos edifícios únicos construídos em adobe (lama, palha e madeira), verdadeiras jóias da arquitectura em terra que valeram a Gao e Tombuctu o selo do património da humanidade, os islamistas dirigissem os seus ataques aos fundos documentais", que felizmente, na sua maioria, se encontram a salvo. Os Manuscritos de Tombuctu foram, sabe-se agora, atingidos mas não na dimensão que inicialmente se chegou a temer. Receando a sua perda, arquivistas e conservadores, conseguiram transferir os mais importantes para a cidade de Bamaco e para outros lugares seguros. A sua perda seria irreparável para as populações saarianas e para a humanidade pois poucos são os que já se encontram digitalizados. Um antigo provérbio maliano dá-nos conta da importância de Tombuctu: " O ouro vem do Sul, o sal do Norte e o dinheiro do país do homem branco; mas os contos maravilhosos e a palavra de Deus só se encontram em Tombuctu".
Infelizmente não é só em África que o Património classificado se encontra em risco. Em muitas outras zonas do globo, pelas mais variadas razões, outras situações ocorrem. Face a estas situações, Irina Bokova, pediu ao mundo que proteja o Património da Humanidade de danos, caos e roubos. Não é só o Património de um povo que está em risco mas o Património de toda a Humanidade.
Em 28 de Junho de 2012, a UNESCO viu-se na necessidade de colocar Tombuctu e o Túmulo de Askia (Gao) na Lista do Património Mundial em Risco face às destruições de mausoléus, túmulos de Santos muçulmanos e até mesmo de mesquitas provocadas por fundamentalistas islâmicos. (Tombuctu - Decisão 36 COM 7B.106 e Túmulo de Askia - Decisão 36 COM 7B.106)
Em 14 de Janeiro de 2013, a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova lançou um apelo a todas as forças militares envolvidas no conflito do Mali: "Peço a todas as forças armadas para fazer todos os esforços para proteger o património cultural do país, que já foi severamente danificado". Referia-se às destruições ocorridas na cidade de Tombuctu mas também na cidade de Gao (Túmulo de Askia, classificado pela UNESCO em 2004).
No Jornal "O Público", de 3 de Fevereiro último, a jornalista Lucinda Canelas, num artigo intitulado "O património é importante, mas não é mais importante do que as pessoas", refere que "Os especialistas malianos e internacionais - em particular os franceses e sul-africanos - temiam que, além dos edifícios únicos construídos em adobe (lama, palha e madeira), verdadeiras jóias da arquitectura em terra que valeram a Gao e Tombuctu o selo do património da humanidade, os islamistas dirigissem os seus ataques aos fundos documentais", que felizmente, na sua maioria, se encontram a salvo. Os Manuscritos de Tombuctu foram, sabe-se agora, atingidos mas não na dimensão que inicialmente se chegou a temer. Receando a sua perda, arquivistas e conservadores, conseguiram transferir os mais importantes para a cidade de Bamaco e para outros lugares seguros. A sua perda seria irreparável para as populações saarianas e para a humanidade pois poucos são os que já se encontram digitalizados. Um antigo provérbio maliano dá-nos conta da importância de Tombuctu: " O ouro vem do Sul, o sal do Norte e o dinheiro do país do homem branco; mas os contos maravilhosos e a palavra de Deus só se encontram em Tombuctu".
Infelizmente não é só em África que o Património classificado se encontra em risco. Em muitas outras zonas do globo, pelas mais variadas razões, outras situações ocorrem. Face a estas situações, Irina Bokova, pediu ao mundo que proteja o Património da Humanidade de danos, caos e roubos. Não é só o Património de um povo que está em risco mas o Património de toda a Humanidade.
Palmira (Síria) - As destruições do Património não param
Antes e depois do Daesh: monumentos Património Mundial destruídos em Palmira
Os jihadistas destruíram três torres funerárias do século I, o Templo de Bel, o Templo Baal Shamin e o Arco do Triunfo, entre muitas outras destruições.